As chuvas do final do ano não apagaram a memória da pior seca das últimas seis décadas, que deixou milhares de agricultores desesperados e facilitou o caminho às chamas, que devoraram quase 300 mil hectares de florestas.
O pré-alerta de estado de seca foi proposto logo a 31 de Janeiro, quando eram já visíveis o baixo nível das barragens e os efeitos da falta de chuva nas culturas e pastagens.
A 31 de Março, quando 60% do território enfrentava uma "seca extrema", o Conselho de Ministros criou a Comissão para a Seca 2005, que reuniu representantes da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e outras entidades, sob a coordenação do Instituto da Água.
Ao longo do ano, a Comissão produziu 16 relatórios quinzenais de acompanhamento da situação, definindo níveis de intervenção e medidas adequadas à avaliação da severidade e duração da seca em cada região do país e contabilizando resultados e prejuízos num balanço apresentado na Assembleia da República em Outubro...
|