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Aquamac (2003-2005)
Desertificação afecta 1,2 mil milhões de pessoas, diz ONU

Fuente: Diario dos Açores 19/06/2007

As graves consequências da desertificação causada pela acção humana colocam mais de 1,2 mil milhões de pessoas em 100 países em risco, situação que fez com que a ONU soasse o alarme no Dia Mundial da Luta contra a Desertificação, que se assinalou domingo.
Este ano, a ONU escolheu como tema "A desertificação e a mudança climática: um desafio mundial", com o qual lembra que os dois problemas "interagem em diversos níveis" e ameaçam a capacidade para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio até 2015.
Devido ao aquecimento global, espera-se que a quantidade de fenómenos meteorológicos extremos, como secas e chuvas intensas, continue aumentando, com um efeito grave em solos já danificados, afirma o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em mensagem divulgada. A tendência "piorará a desertificação e aumentará a prevalência da pobreza, a migração forçada e a vulnerabilidade perante os conflitos nas regiões afectadas", diz Ban.
Todas as agências da ONU e os governos de vários países admitem o retrocesso do desmatamento, das terras cultiváveis e das florestas, assim como a carência de água, problemas que já geraram mais pobreza, o avanço dos desertos e um número cada vez maior de refugiados por causa da fome. Em Março, o secretário-executivo da Convenção da ONU Contra a Desertificação, Hama Arba Diallo, afirmou que este processo é um problema cujas consequências têm escala planetária.
Além disso, o representante da ONU lembrou a meta mundial de reduzir a pobreza à metade até 2015, um dos Objectivos do Milénio, mas acrescentou que este propósito mal poderá ser cumprido "caso não se tomem medidas para abordar a conservação do principal instrumento de vida que os países em desenvolvimento têm, que é a terra".
Por continentes, a África Subsaariana é a região "com o maior índice de desertificação do mundo", fenómeno que atinge ainda 25% da América Latina e do Caribe, entre outros lugares, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Estima-se que até 2020 cerca de 135 milhões de pessoas correrão risco de serem obrigadas a abandonar suas terras devido à contínua desertificação. Destas, 60 milhões serão da África Subsaariana.
Já na Ásia, com 1,7 mil milhões de hectares de terra árida, semi-árida e semi-húmida, as regiões prejudicadas incluem desertos crescentes na China, Índia, Irão, Mongólia e Paquistão; as dunas de areia da Síria; as montanhas do Nepal; e o desmatamento e pecuária extensiva das regiões montanhosas do Laos. Quanto ao número de pessoas afectadas pela desertificação e pela seca, a Ásia é o continente mais prejudicado, de acordo com a ONU.
Na América Latina, apesar das florestas tropicais húmidas da região, a perda de terras de cultivo e de vegetação afecta 313 milhões de hectares na região e no Caribe (250 milhões na América do Sul e 63 milhões na América Central e no México). Diante deste problema, os países-membros do Mercosul, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, criaram em Março, em conjunto com Bolívia e Chile, uma estratégia que busca uma alternativa económica para as terras empobrecidas.
Já na Europa, o chamado grupo do Mediterrâneo Norte, formado por Espanha, Portugal, Itália, Turquia e Grécia, é uma das quatro regiões que, segundo a convenção das Nações Unidas, é afectada pela desertificação. Um dos países nos quais é possível constatar uma maior desertificação é o Sudão, onde o problema afecta 13 das 15 províncias, o que representa uma superfície total de 414 mil quilómetros quadrados, segundo o governo sudanês.
A desertificação também preocupa a China, onde avança a um ritmo de 1.283 quilómetros quadrados ao ano e já afecta 400 milhões de pessoas directamente, de acordo com a Administração Estatal Florestal. Cerca de 18% do território chinês já é uma área desértica, principalmente a faixa norte e oeste, embora outros 14% sofram as consequências da desertificação, que se estende praticamente por todo o país, segundo o departamento oficial
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