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Aquamac (2003-2005)
Esforços conjuntos urgem para combater a falta de água

Fuente: Diario dos Açores 16/06/2007

A seca e a desertificação são problemas universais cada vez maiores, que requerem esforços internacionais conjuntos e medidas que apostem na sustentabilidade ambiental, defendeu a ministra do ambiente espanhola, Cristina Narbona.
"São problemas a que só se pode responder com a máxima cooperação internacional e com a governação à escala universal", disse Narbona, que falava na abertura do Fórum Internacional da Seca, que decorre em Sevilha (Espanha).
"É vital que a equidade, a sustentabilidade e a governação à escala internacional sejam elementos comuns à acção pública, na escala nacional mas também na escala internacional", sublinhou.
Para a governante espanhola a água é o "elemento comum" aos três maiores desafios ambientais: as alterações climáticas, o aumento da desertificação e a perda da biodiversidade".
Daí que, defendeu, seja vital que as administrações públicas acentuem as medidas de prevenção e planificação para combater o problema da seca, apostando na mais eficiência do uso da água e no aprofundamento do estudo dos "equilíbrios ecológicos onde a agua é absolutamente imprescindível".
"Estamos perante um desafio extraordinário do ponto de vista da equidade à escala planetária", disse, recordando que metade da população subsaariana, por exemplo, vive sem acesso à água potável, algo responsável por 1.800 milhões de mortes anuais em todo o mundo.
"Perante esta situação dramática a comunidade internacional tem que saber responder, com cooperação internacional, ajuda ao desenvolvimento e medidas que promovam a equidade", frisou.
Como exemplo das medidas que podem ser implementadas, Narbona destacou o caso de Espanha onde, até recentemente, a população sentia o impacto directo da seca com fortes restrições no consumo de água.
Alterações legislativas, que fortaleceram a gestão dos recursos hídricos como "bens de carácter público", e a aposta na garantia permanente do fornecimento para consumo humano, contribuíram para que as restrições ao consumo de água potável tenham desaparecido.
Narbona destaca ao mesmo tempo avanços tecnológicos que permitiram acentuar a gestão da água, como o aumento significativo do uso de águas depuradas com tratamentos que permitem que essas águas sejam utilizadas em todos os casos, menos para consumo humano.
O crescente uso da água do mar, através de processos de dessalinização, e a redução para metade na energia consumida para aplicar essa tecnologia, permitiram melhorar as condições dos sistemas de água das zonas costeiras.
Ao mesmo tempo, evidenciou-se uma melhoria significativa no uso da água na agricultura e, actualmente, mais hectares em Espanha têm rego localizado do que rego por inundação.
"Alguns confundem o uso responsável da água como um retrocesso no nosso bem-estar. Mas é possível garantir um consumo adequado, utilizando cada vez menos água, sem que isso afecte como as pessoas vivem", afirmou.
Mais de 150 especialistas de cerca de 20 países participam no encontro de Sevilha, que termina na quarta-feira, e que pretende analisar várias medidas e estratégias para lidar com o problema da seca.
A escolha de Sevilha para acolher a conferência ocorre numa altura em que a região vive o segundo grande período de seca das últimas décadas, ainda que actualmente a situação seja menos grave que em meados dos anos 90 do século 20 - quando havia restrições de consumo que chegavam a durar 18 horas.
Um aspecto reconhecido pela conselheira ambiental da Junta da Andaluzia, Fuensanta Coves, que afirmou haver uma cada vez maior consciencialização da cidadania relativamente ao uso eficaz da água, o que se evidencia na redução significativa do consumo.
Note-se, por exemplo, que em 1975 os 700 mil habitantes da zona metropolitana de Sevilha consumiam 93 hectómetros cúbicos de água por ano, enquanto hoje os mais de um milhão de habitantes consomem apenas 73 hectómetros cúbicos por ano.
Um resultado, afirma, "tanto de medidas de redução de consumo, como da maximização dos sistemas de recolha, distribuição e armazenamento de água".
"Não se avizinham bons tempos no que toca á água, mas é crucial que este tema permaneça na consciência dos cidadãos e que os hábitos de poupança e consumo adequado se mantenham e acentuem", disse. A palavra do leitor

 
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